No texto
“O modelo dos modelos” seu Palomar acreditava que por meio de modelos
resolveria tudo, mas foi percebendo que havia necessidade de outros modelos e
assim transformações deveriam acontecer. Percebe-se
que são estabelecidas regras, constrói-se na mente o modelo perfeito, depois se
verifica se o modelo está adaptado aos casos práticos observáveis na experiência
e finalmente introduz as correções necessárias para que modelo e realidade se
igualem.
Pensando no AEE, devemos lembrar que não há um modelo pronto ou padrão a ser
seguido, mas precisamos entender que cada criança tem suas dificuldades e potencialidades.
O AEE complementa e/ou suplementa a formação do aluno, visando a sua autonomia
na escola e fora dela, constituindo oferta obrigatória pelos sistemas de
ensino, sem, no entanto, trabalhar com modelos previamente elaborados.
Na sala de AEE podemos notar algumas
situações que exemplificam o que foi relatado no texto de Ítalo Calvino. É
necessário que tenhamos em mente um modelo para que consigamos desenvolver um
trabalho, porém no trabalho é necessário que exista uma adaptação a
realidade e dificuldades do aluno, para que as suas potencialidades se torne evidente dentro da proposta de
trabalho da sala de AEE.
Entretanto, não podemos nos
esquecer que cada ser humano é único em suas necessidades e potencialidades,
por isso é necessário fazer as adaptações imprescindíveis para trabalhar a
individualidade de cada um.
Devemos estar preparados para as mudanças que estão surgindo com
a inclusão, com reflexões inovadoras e um olhar diferenciado sem medo
do diferente, do novo, com princípios norteadores e práticas pedagógicas que
contribuam para a aprendizagem dos nossos alunos. Pois, quando o professor sente-se seguro e tem recursos para seu trabalho
com o estudante, começa a perceber que o aluno é capaz, pensa e age de forma
diferente, e também tem muito a contribuir com todos.
REFERÊNCIAS
CALVINO, Italo: Texto “O modelo dos modelos”. Atendimento Educacional
Especializado e Metodologia da Pesquisa.